quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Cinema: o RG dos nossos tempos...


A arte tem o poder de englobar tudo, desde as nossas vidas, os nossos anseios, aquilo que acreditamos ser. E o cinema não é diferente, ao contrário, ousamos dizer que "o cinema é o RG dos nossos tempos".


Dos anos 60 a ontem, qual filme você já viu?


Qual filme lembra sua história pessoal?


Por qual galã ou mocinha evocê se apaixonou e tinha ou ainda tem um pôster no seu quarto?


ANOS 60



Na década de 60 as obras cinematográficas "Hollywoodianas", apresentavam algumas crises, com isso a Inglaterra, Itália e a Walt Disney se destacaram. O filme que até hoje lembramos (mesmo que não sejamos desse período) é "A noviça rebelde" (1965), um musical que conquistou o público.











ANOS 70






A tela do cinema mostrou um outro mundo, o mundo era o universo, com o filme "Star Wars/Guerra nas Estrelas"  (1970).








ANOS 80





O cinema da década de 1980 se caracterizou pela produtividade do cinema, com apresentações de novas temáticas como violência, tecnologia, e assuntos joviais, entre outros. Destaquemos os filmes: "A lagoa azul" (1980), "Curtindo a vida adoidado" (1986), "Robocop - O Policial do Futuro" (1987), "Sociedade dos poetas mortos" (1989).











ANOS 90











Na década de 90 o pop casou-se com o clássico e o cinema viveu o seu auge de público, inovações cinematográficas e temáticas. Afinal, a palavra de ordem era a "diversidade". Então, filmes como "Ghost" (1990), "Uma linda mulher" (1990), "O silêncio dos Inocentes" e "O exterminador do futuro 2" (1991), As "Patricinhas de Beverly Hills" (1995), "Titanic" (1997), "Beleza Americana" (1999) e no Brasil "Central do Brasil" (1998).











2000 aos dias atuais...





Novo século, novas tendêcias! É a moda do "novo", tecnológico e imaginário. Dos anos 2000 aos dias atuais, o cinema utilizou dos recursos tecnológicos e enredos impressionantes e conseguiu a cada estreia surpreender o seu público. Filmes como "O Senhor dos Anéis - A Sociedade do Anel" e "Harry Potter e a Pedra Filosofal" (2001), no Brasil "Cidade de Deus" (2002), "Sobre meninos e lobos" (2003), "Guerras dos mundos" (2005), "300" (2007), "Sex and The City" e "Crepúsculo" (2008), "Avatar" e "2012" (2009), estão aí para nos comprovar essa hipótese.






















Tantos são os filmes, tantas são as identidades (RG) construídas e reconstruídas com cada obra dessa. Garotos que imaginam num mundo distante como o de Harry Potter na luta pelos seus conhecimentos e poderes secretos. Meninas que suspiram por um vampiro ou lobo da moda. Indivíduos que assistiram sua realidade numa tela maior, ao verem a obra "Cidade de Deus". E quem não se espantou com o azul brilhante dos seres de Pandora? Talvez futuramente sejamos um avatar (!?).









A obra cinematográfica é só mais um meio que influencia na nossa vida, seja na maneira como pensamos e agimos, no modo como nos vestimos, a música que está selecionada no nosso playlist. Somos consumidores desses produtos e retratos deles também.Talvez agora você esteja lembrando daquele filme, daquela história, daquele personagem e imaginando como tudo mudou ou como nada mudou? As Inovações são muitas. O cinema caminha no mesmo ritmo do pós moderno.

Dica para o cinema desse fim de semana? Hum!
...Escolha aquele filme cuja temática você já aprecia. Mas não esqueçam da pipoca e guaraná, pois os tempos passaram, os filmes mudaram, até a versão 3D surgiu, entretanto, pipoca e guaraná não "caíram de moda". (risos!)

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Música: cor, raça e identidade...

Que música você ouviu?
Que seus pais ouviram?

Ou que você sabe que fez sucesso?


Música - mistura de cor, de raça, de estilo, de gosto - notas da identidade musical...


Muitos são os nomes, bandas e músicas que fizeram sucesso no Brasil e no mundo. Desde as primeiras "melodias" trovadorescas a entoar para amada, os cantos religiosos, os hinos dos povos e das guerras, a música é como sangue que corre nas veias daqueles que nos identificamos ser.




Na década de 40 ao início da década de 60 o rock surgiu nos Estados Unidos e ganhou o mundo. A partir de então os jovens ganharam uma "nova identidade" os rebeldes, os inconformados, os intensos. Beatles, Metallica, Heavy Metal, o punk rock e o som da banda Nirvana repercutem nas baladas e estão presentes nos playlist das pessoas.




A partir das décadas de 50, 60 e 70, no Brasil um novo gosto musical surge e conquista os brasileiros. Grupos de amigos se reúnem e assim começa a surgir as ideologias de alguns jovens através da música - Jovem Guarda. A MPB (Música Popular Brasileira) é tocada pela conhecida e até então novidade da época, a Bossa Nova. Um certo "moço" de estilo e gosto singular, canta e encanta dizendo "eu prefiro ser essa metamorfose ambulante, do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo", Raul Seixas. E lá no "nosso sertão" o Rei do Baião contagiava com a sanfona o arrasta pé.




Com uma série de bandas oriundas de uma classe média inquieta o cenário musical brasileiro das décadas de 80 e 90 foram domindos por bandas de rock, que sob várias facetas traziam a marca do grito contido das gerações anteriores e queria a desforra, seja na forma debochada de um Ultraje a Rigor, seja na politizaçãoo de bandas como Titãs e Paralamas do Sucesso, seja no pop romântico do RPM ou na poesia de Renato Russo (Legião Urbana).



Além é claro de bandas como Engenheiros do Hawai, Pato Fu, Capital Inicial, Kid Abelha, Raimundos, Skank, Charlie Brown, entre outros.                                                                    "É preciso amar, as pessoas como se não houvesse amanhã. Por que se você parar pra pensar, na verdade não há..." (música: Pais e Filhos, interpretada por Legião Urbana)

O Brasil é o país multicultural. Assim como é também o país dos diferentes gostos musicais.



"Não deixe o samba morrer, não deixe o samba acabar. O morro foi feito de samba. De samba prá gente sambar" (música: Não deixe o samba morrer, interpretada por Alcione)
O samba é um dos ritmos mais tocados e reverenciado no Brasil. Falar deste país, é lembrarmos que somos da terra do samba e do futebol. Nativos do solo em que Cartola, Moreira da Silva, Martinho da Vila, Zeca Pagodinho, Jorge Aragão,  Alcione, entre outros. 


A música sertaneja surgiu em 1929, quando Cornélio Pires começou a gravar "causos" e fragmentos de cantos tradicionais rurais da região cultural caipira, e a partir de então conquistou seu espaço no gosto musical brasileiro, principalmente na década de 90. Envolvendo o ritmo antes "caipira" ao som da viola, com o romântico. O estilo musical é mais cantado por duplas, Chitãozinho e Xororó, Leandro e Leonardo, Zezé de Carmago e Luciano, Rio Negro e Solimões, Victor e Léo, Jorge e Matheus, Luan Santana entre outros.

"Pense em mim, chore por mim, liga pra mim, não, não liga pra ele" (música: Pense em mim. interpretada por Leandro e Leonardo)



A partir da década de 90 a 2000 o funk conquista além dos morros cariocas, o estilo musical se torna mania nacional com suas músicas e danças ousadas. "Tem que ver esse som, eu te proponho, até suponho, vai se apaixonar. Por essa alegria que contagia, a melodia que te faz dançar" (música: Ela só pensa em beijar, interpretada por Mc. Leonzinho)



Entre a década de 80 e 90 o rap chega ao Brasil, influenciado pelo ritmo musical dos USA. As músicas e os adpetos não foram bem aceitos, pois as pessoas relacionavam as músicas a violência, no entanto, após a divulgação da música e a aceitação social, o rap é hoje um dos estilo musical que embala o país. "Até quando você vai ficar usando rédea, rindo da própria tragédia? Até quando você vai ficar usando rédea, pobre, rico ou classe média? Até quando você vai levar cascudo mudo? Muda, muda essa postura. Até quando você vai ficando mudo? Muda que o medo é um modo de fazer censura" (música: Até quando?, interpretada por Gabriel Pensador).




O forró é uma dança popular de origem nordestina. Esta dança é acompanhada de música, que possui o mesmo nome da dança. A música de forró possui temática ligada aos aspectos culturais e cotidianos da região Nordeste do Brasil. A música de forró é acompanhada dos seguintes instrumentos musicais: triângulo, sanfona e zabumba.
"Mandacaru quando fulora na seca, é o siná que a chuva chega no sertão. Toda menina que enjôa da boneca, é siná que o amor já chegou no coração..." (música: Xote das meninas, interpretada por Luiz Gonzaga)


Não importa o estilo, o toque, a melodia, ou a época, a música ela tem o poder de nos sensibilizar e  assim nos aproximarmos dela. Afinal, música é cor, raça e identidade. 

Vestindo minha identidade: dos anos 60 até os dias atuais...

MODA

ANOS 60

Nos anos 60 a transformação da moda foi radical. Era o fim da moda única, que passou a ter várias propostas e a forma de se vestir se tornava cada vez mais ligada ao comportamento. A chamada moda "futurista".






ANOS 70



O estilo dos anos 70 são calças enormes boca de sino, tachinhas, bordados e muito brilho. As calças de cintura baixa, com cintos largos. Estampas florais ou psicodélicas. As roupas artesanais também eram muito usadas. Saias longas estampadas, estilo cigana. Bota de camurça e sandálias plataforma.







ANOS 80

Os anos 80 foi uma década onde o exagero e a ostentação foram marcas registradas.Cintura alta e ombros marcados por ombreiras foi a silhueta de toda a década, ao lado de pregas e drapeados para a noite ou dia. Cores vibrantes, tons fortes e fluorescentes. Acessórios, o tamanho era sinônimo de atualidade, então quanto maior melhor.

 
 
 
 
 
 
ANOS 90
 
Os anos 90 receberam grande influencia das décadas anteriores. Evidencia-se o uso de jeans coloridos e blusas segunda-pele, roupas transparentes e acompanhados de cabelos curtos.
 
 
 
ANOS 2000-2010
 
 
Com a entrada do novo século a moda também ganhou uma repaginada, utilizando acessórios das décadas de 80 e 90, mas com uma sutileza do dito moderno e atual. Mistura de cores, gostos, culturas, guarda-roupas feminino e masculino. A moda é se identificar com o que se veste.

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O que vestimos sempre serviu de "cartão de entrada" para que as pessoas nos conheçam. Tecidos, enfeites, corte e costura, é assim que vestimos nossa identidade. É assim que afirmamos nosso papel de consumidores, afinal, como Bauman (1999) colocara "os consumidores são primeiro e acima de tudo acumuladores de sensações". E a roupa da moda ou com a qual nos "identificamos" (uma das nossas identidades?) nos faz sentir, nos faz ser social. E cada época e cada um com um estilo.